EndoPelvic - Centro Multidisciplinar de Endometriose

Corrida contra a endometriose

Excesso de trabalho, falta de exercícios físicos, ansiedade, poucas horas de sono e poluição são comuns no cotidiano de muitas mulheres. E, por causa desses fatores, acabam se intensificando a tensão pré-menstrual (TPM), as disfunções sexuais, a depressão pós-parto, a menopausa e a endometriose – doença que vem crescendo de forma contínua nos últimos anos. Estimativas da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) apontam que cerca de seis milhões de brasileiras sofram com a patologia.

Entenda o problema

A doença afeta o endométrio, tecido que reveste a parte interna do útero e tem a função de receber um embrião recém-formado e ali fixá-lo. O endométrio é eliminado pelo canal vaginal todo mês (fluxo menstrual), desprendendo-se do útero. A questão é que, hoje em dia, a mulher demora mais para ter filhos, menstruando mais vezes. Isso aumenta o risco desse tecido não ser eliminado totalmente, migrar e implantar-se em outros órgãos, como no ovário, no intestino e na bexiga, causando fortes dores durante a menstruação. Além da cólica menstrual intensa, podem ocorrer alterações no hábito intestinal (diarreia ou obstipação), dor durante as relações sexuais e dificuldade para engravidar.

Mas há outro vilão da atualidade que causa o problema: o estresse. A tensão em excesso prejudica o funcionamento do sistema imunológico, que não dá conta de eliminar as células invasoras, auxiliando no desencadeamento do transtorno. “O sistema imunológico está por trás de várias doenças. Quando a imunidade cai, aumentam os riscos de alguns distúrbios aparecerem”, garante Mauricio Abrão, professor associado do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), ex-presidente da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) e presidente do próximo Congresso Mundial de Endometriose.

O médico diz ainda que o estresse, principalmente nas mulheres, pode alterar o funcionamento hormonal. “Em cada pico de estresse, há um pico de adrenalina e, consequentemente, um estímulo hormonal inadequado. Esse estímulo pode gerar alterações menstruais, alterações na ovulação ou até sangramentos genitais”, explica Mauricio Abrão.

Endorfina: santo remédio!
A boa notícia é que a corrida ajuda tanto a prevenir como a tratar a endometriose. Isso porque a prática de atividade física aeróbia regular libera endorfina, substância que, além de vasodilatadora e analgésica, espanta o estresse, aumenta a imunidade e reduz os níveis de estrogênio, hormônio feminino que estimula o endométrio a se desenvolver. No entanto, é bom deixar claro que, se você já tem a doença, fazer exercício não exclui o tratamento médico, que é realizado por meio de medicamentos ou cirurgia a fim de solucionar o problema. “Exercícios físicos constantes e sem exagero, aliados a ações que promovam bem-estar mental, têm ação comprovadamente protetora sobre o organismo feminino”, conclui Mauricio.

Fonte: http://www.suacorrida.com.br/corpo-de-mulher/corrida-contra-a-endometriose-2/

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