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Cólica menstrual pode ser sinal de endometriose

É comum para grande parte das mulheres sofrer de cólicas menstruais fortes, tendo que até modificar a rotina durante este período do mês. Muitas fazem uso frequente de analgésicos ou anti-inflamatórios.

Mas para algumas o remédio não é suficiente no alívio da dor, por isso é importante que, nestes casos, seja feita uma investigação médica para descobrir qual é a verdadeira causa da cólica.

Quando se menstrua, é o endométrio (mucosa que reveste o interior da cavidade uterina) que descama. Porém, em 80% das mulheres ocorre o que chamamos de menstruação retrógrada, que é quando uma parte desse endométrio volta e cai dentro da pelve.

Isso pode não ser necessariamente um sinal de doença, contudo, nas mulheres com endometriose essas células formam o que são chamados de implantes.

“Toda vez que a mulher menstrua, aquele pedacinho de endométrio no lugar errado “menstrua” também, e a doença progride. Esses implantes podem ir para ovário, intestino, bexiga, e até para os pulmões”, afirma o ginecologista Eduardo Schor, chefe do setor de Algia Pélvica e Endometriose da Universidade Federal de S. Paulo (Unifesp).


Como diferenciar a cólica comum da provocada pela endometriose

O sintoma principal da endometriose é a cólica, mas também pode haver dor durante as relações sexuais e infertilidade. As cólicas relacionadas ao problema surgem durante o período menstrual e vão embora logo em seguida.

Por isso mesmo, são confundidas com as cólicas menstruais normais, aquelas que passam com um simples analgésico ou anti-inflamatório.

O ginecologista enfatiza que a cólica da mulher que tem endometriose é progressiva, ou seja, ela vai piorando com o passar do tempo. As medicações normalmente utilizadas deixam de surtir efeito e, em alguns anos, a mulher já não consegue mais realizar suas atividades diárias.

Portanto, é necessário procurar um médico para fazer um acompanhamento, realizar diversos exames para obter a certeza da origem da dor, evitando, assim, um agravamento do quadro, que pode levar à infertilidade.

As gerações anteriores costumavam falar que quando a mulher se casava, a cólica passava. O que não deixa de ser uma verdade, pois naquele tempo as mulheres se casavam cedo e tinham filhos perto dos 20 anos, esta gestação precoce impedia o desenvolvimento da endometriose.

Hoje, isso não faz parte do padrão de comportamento da mulher moderna. Já que grande parte entra na faculdade, faz pós-graduação etc., se insere e estabelece no mercado de trabalho e só vão querer casar quando a carreira já estiver mais consolidada, perto dos 30 anos.

Então, quando surge a vontade de engravidar, muitas descobrem que têm dificuldade, e só então descobrem a endometriose. Assim sendo, a cólica menstrual intensa não deve ser considerada normal, porque pode estar mascarando a doença.

No Brasil, a endometriose afeta cerca de 6 milhões de mulheres. O diagnóstico precoce do problema é fundamental para que o tratamento tenha êxito e a qualidade de vida e capacidade de engravidar sejam preservadas.

Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2011/11/17/mulheres-colica-menstrual-pode-ser-sinal-de-endometriose/

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