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A chegada da menopausa cura a endometriose?

A endometriose é uma doença causada pelo crescimento das células do endométrio fora da cavidade uterina, provocando uma reação inflamatória nas outras partes do corpo em que aparece. O endométrio tem uma relação direta com a menstruação: é um tecido que reveste as paredes do útero e que, quando a fecundação do óvulo não ocorre, é parcialmente eliminado a cada novo ciclo menstrual. Será que a chegada da menopausa pode curar a endometriose?
Queda na produção hormonal após a menopausa controla a endometriose

“O desenvolvimento da endometriose é estimulado pelo ciclo hormonal dos ovários, ou seja, trata-se de uma doença dependente de hormônios. Ao entrar na menopausa, há uma queda na produção hormonal e, com isso, não há mais estímulo aos focos de endometriose e a doença pode ser controlada”, explica o ginecologista Alexandre Brandão Sé.

Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), uma em cada 10 mulheres em idade reprodutiva tem endometriose. O problema, que causa cansaço e cólicas menstruais intensas, pode gerar ainda alterações na menstruação, dispareunia (dor durante as relações sexuais), sangramento e infertilidade.
Endometriose pode ser assintomática

Dr. Brandão Sé esclarece, no entanto, que nem sempre os sintomas são tão evidentes. “Existem casos de endometriose assintomática. Porém, quando a história clínica é bem feita, escutando a paciente e com perguntas objetivas aos pontos principais relacionados à doença, pode-se descobrir alguns sintomas menos evidentes, como dor ao evacuar ou ao urinar”, cita o especialista.

Assim que notar os sintomas, é muito importante que a paciente procure ajuda médica, uma vez que o quadro pode piorar. Segundo o ginecologista, o diagnóstico é feito com consulta clínica e exame físico. Exames de imagem também podem ser usados para definir onde estão as lesões e avaliar seus tamanhos. Já o tratamento é individualizado, variando de acordo com a gravidade de cada caso, e pode incluir o uso de medicações, mudanças no estilo de vida, acompanhamento psicológico e até intervenções cirúrgicas.


Dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo): https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/126-endometriose-e-fiv

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